quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Edward Snowden ex-expião



Os Estados Unidos já acusaram formalmente Edward Snowden, um ex-funcionário da CIA que trabalhava para a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA e que divulgou vários dados sobre a rede de espionagem norte-americana. Foi já enviada uma ordem de detenção para Hong Kong, onde o ex-espião se encontra refugiado desde 20 de Maio.

De acordo com as informações avançadas pelo jornal The Washington Post, as autoridades de Hong Kong já têm a ordem de detenção de Edward Snowden. Contudo, até agora não se pronunciaram publicamente sobre o assunto, diz a Reuters.

Os procuradores dos Estados Unidos acusam o antigo funcionário da CIA de espionagem, roubo e uso inapropriado de informações do Governo, depois de ter fornecido várias informações a dois jornais: o Washington Post e o britânico The Guardian.

A Administração Obama já veio condenar a divulgação das informações por parte destes jornais, com o Presidente dos Estados Unidos a defender a legalidade e utilidade dos programas em curso, garantindo que apenas visam garantir a segurança do país e dos cidadãos e que não violam a vida privada de ninguém.

Após a detenção, o próximo passo será o pedido, por parte dos Estados Unidos, da extradição de Edward Snowden – que já disse querer ser julgado nesta região administrativa chinesa ou pedir asilo a outros países. Porém, apesar de existir um acordo de extradição entre os Estados Unidos e a China, Pequim poderá optar por exercer o seu direito de veto.

A divulgação do programa PRISM
Edward Snowden, que acaba de fazer 30 anos, já assumiu a responsabilidade pela divulgação das informações sobre os programas de vigilância interna da Agência Nacional de Segurança, justificando que não quer viver num mundo em que se exploram este tipo de informações. A fuga de informação expôs a existência do programa PRISM, através do qual a agência norte-americana recolhe dados de empresas de telecomunicações, como a Verizon, e de gigantes tecnológicos, como a Microsoft, Apple, Google e Skype e ainda de redes sociais, incluindo o Facebook.

Segundo o informático, a população está completamente indefesa perante a sofisticação do programa. “As pessoas não têm noção do que é possível fazer: a extensão das capacidades [da agência] é horripilante. Nós podemos plantar escutas dentro das máquinas. Quando você aceder à rede, eu identifico a sua máquina, e você nunca mais estará a salvo, independentemente das protecções que usar”, disse ao Guardian.

Além de falar das suas razões – pessoais e políticas – para divulgar publicamente os programas secretos da Agência Nacional de Segurança, Edward Snowden informa por que prescindiu da protecção do anonimato e quis ter a sua identidade revelada como o responsável pela fuga de informação. “Não tenho nenhuma intenção de esconder quem sou porque sei que não fiz nada de errado.” Ainda assim, procura proteger a família e conhecidos, assegurando que ninguém tinha conhecimento das suas acções e lamentando o que, antevê, será a resposta “agressiva” das autoridades.

Além do Facebook, algumas das empresas referidas já vieram afirmar que não deram acesso directo aos dados dos seus clientes mas avançaram com informações com base no que a lei norte-americana determina. Segundo Snowden, a Agência de Segurança "construiu uma infra-estrutura que lhe permite interceptar quase tudo”, como obter informação relativa a emails, palavras-passe, registos telefónicos ou cartões de crédito.

Também a Microsoft confirmou que recebeu 6000 a 7000 pedidos de dados relativos a universo de 31 mil a 32 mil contas por parte das autoridades dos Estados Unidos. O vice-presidente da Microsoft, John Frank, citado pela BBC, considera que o Departamento de Justiça e o FBI devem tomar medidas que ajudem a esclarecer a opinião pública sobre questões como o acesso a dados pessoais em redes sociais ou em empresas. “A transparência por si só pode não ser suficiente para restaurar a confiança do público, mas é um bom ponto de partida”, defendeu.

snowden-ufo

De acordo com Snowden, os documentos mostram que o governo dos EUA tem conhecimento, há muito tempo, sobre os OVNIs e seus tripulantes serem uma espécie mais avançada do que a humanidade. Veja o testemunho do técnico:
“Os mais altos níveis de governo não sabem o que fazer sobre OVNIs, e a história oficial de que eles são todos os balões ou fenômenos naturais têm sido claramente inaceitáveis. Os documentos secretos falam sobre OVNIs como se eles fossem certamente guiados por uma inteligência além da nossa. Como se vê, os avistamentos mais credíveis e inexplicáveis são de veículos que foram vistos saindo do fundo do mar em fontes hidrotermais e entrando diretamente em órbita solar”.
“Os sistemas de rastreamento de mísseis balísticos e sonar em alto-mar são mantidos como segredos de Estado para que os cientistas não tenham acesso aos dados sobre esses objetos. No entanto, a maioria dos técnicos do DARPA tem certeza de que há uma espécie mais inteligente do que os homo sapiens no manto da Terra. Faz sentido, se você pensar sobre isso, porque esse é o único lugar onde as condições têm sido mais ou menos estáveis por bilhões de anos. Extremófilos podem viver em temperaturas diferentes do que nós, mas eles têm sido capazes de prosperar e desenvolver a inteligência a um ritmo aparentemente acelerado. Isso não é verdade, porque eles simplesmente evoluíram ao mesmo ritmo, mas sem muitas das vicissitudes que definem a vida na superfície”.
“O presidente recebe briefings diários sobre suas atividades. Analistas acreditam que a sua tecnologia seja tão avançada que nós temos pouca chance de sobrevivência em qualquer guerra em potencial. O sentimento geral é que nós somos as formigas a partir de sua perspectiva, então há pouca chance de que eles iriam se simpatizar ou tentar comunicar conosco, e do plano de contingência atual está em detonar armas nucleares em cavernas profundas caso tenhamos que atingir o inimigo na esperança de que irá desencorajar em novos ataques”.
Os críticos alegam que as declarações do ex-técnico da CIA pode servir apenas para sublinhar a amargura popular sobre a ideia de terremotos e tsunamis estrategicamente cronometrados. E assim como o PRISM acendeu uma nova luz sobre acontecimentos de monitoramento, como o ECHELON revelado na década de 1990, o debate público caminha para embate entre a liberdade e segurança.