quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Projeto Cyclops ( extraido do livro " Deuses,espaçonaves e terra " )



PROJETO CYCLOPS

Por ordem do Ames-Research-Center da NASA e sob a responsabilidade do físico Bernard M. Oliver, cientistas norte-americanos efetuaram estudos sobre novos caminhos a serem tomados, rumo ao estabelecimento de contato com civilizações extraterrestres. Essas pesquisas foram motivadas pela noção de não termos condições de captar os sinais mais fracos de frequências várias, enquanto a sua emissão para a Terra não for previamente programada, embora possamos efetuar emissões programadas para as galáxias com os radiotelescópios atualmente ao nosso dispor.O que deveria ser feito, então, para captarmos todos aqueles sinais soltos no espaço?O PROJETO CYCLOPS prevê uma gigantesca área de estacionamento, repleta de antenas dirigíveis. Cada antena deveria ter o diâmetro de 100 m. Tais antenas gigantes, em numero de 1.500, dispostas em um círculo enorme e funcionando em um complexo sistema de computadores, integrado,constituiriam o maior e mais potente "ouvido" do mundo, de todos os tempos, capaz de receber do universo as mais simples transmissões radiofônicas, emitidas por comunidades extraterrestres. Esse conjunto ciclópico de antenas ainda teria condições de registrar "por segundo e por milhão de metros quadrados, mais dois fótons individuais, de maneira que poderiam ser captadas também as comunicações fracas, de um outro mundo, 50 a até 100 anos-luz distante da Terra". Os cientistas engajados nessas pesquisas prognosticaram que, antes do fim do século XX, o PROJETO CYCLOPS permitirá o estabelecimento efetivo de contato com civilizações extraterrestres.Com o PROJETO CYCLOPS seria então possível captarmos até as conversas mais íntimas de nossos vizinhos no cosmo. No entanto, como esse conjunto ciclópico de antenas também transmitirá, lá, nas estrelas, poderiam ouvir até a tosse de nossas pulgas.

Informações por via de uma só mão de direção?

Apesar das viabilidades técnicas, já existentes, toda comunicação a vencer as imensas distâncias cósmicas continua sendo uma empresa altamente complexa. Tanto faz estarmos transmitindo ou recebendo; inevitavelmente, as ondas eletromagnéticas ficam condicionadas pela velocidade da luz. Se agora, no momento em que o leitor está lendo este livro, chegasse até nós uma mensagem proveniente de um sistema solar cem anos-luz distante, que responderíamos incontinenti, a nossa mensagem-resposta levaria 200 anos para alcançar o destinatário. Mesmo uma consulta dirigida à estrela fixa mais próxima, a Alfa-Centauro,somente 4,3 anos-luz distante da Terra, teria resposta tão-somente depois de 8,6 anos. Assim, com um correio destes, ninguém se anima a pensar em iniciar um diálogo. Aliás, antes se supõe que inteligências, de elevadíssimo nível tecnológico, promovessem transmissões ininterruptas pelo universo adentro, informando constantemente sobre fatos de sua vida e seu progresso cultural.Se assim fosse, toda civilização dispondo do necessário nível técnico pode receber e assistir a essas transmissões permanentes.No caso de o transmissor e o receptor sintonizarem a mesma freqüência, haveria até troca de noticiário informativo. Já que se trata de algo tão natural e normal, eu queria comentar à margem que, de certo, não somos nós os únicos a procurar estabelecer contato interestelar.



1.500 antenas, dispostas em uma gigantesca área de estacionamento, poderiam captar rádios sinais de sistemas solares até 1.000 anos-luz distantes da Terra. Estas ilustrações mostram,em perspectiva, a floresta de antenas, deixando-as sempre mais próximas do espectador.Quanto a mim, eu não acharia desinteressante o fato de a comunicação radiofônica passar por uma via de uma só mão de direção, se pudéssemos apenas receber. Não interessa? Não diga isso! É preciso lembrar que todas as noções históricas chegam até nós por uma via de uma só mão de direção, ou seja, do passado.Recebemos informações valiosíssimas dos egípcios, gregos,romanos, incas e maias — deles nos vieram noções jurídicas,filosóficas, bem como tecnológicas. Não podemos devolver nenhum eco ao passado, nem podemos formular perguntas.Porém, mesmo assim aproveitamos muito com o transporte do saber que nos veio por essa via de mão única. Portanto, uma via de uma só mão de direção para o universo seria uma "dádiva do céu", pois em seu percurso encontrar-nos-íamos com o saber futuro. Seria só ouvir! Dispensa-se o diálogo.Fico irritado quando na literatura especializada em Radioastronomia sempre torno a deparar com o comentário,frisando que na busca de mensagens radiofônicas extraterrestresos radiotelescópios são postos a trabalhar somente com umapequena fração de sua capacidade total. Dizem que há outrascoisa a fazer, coisas mais importantes.Seria "coisa mais importante" dar caça a novas combinaçõesmoleculares, pelo universo adentro? Seria mais importantedetectar e medir galáxias mais afastadas, que nos dizem poucorespeito?


Sem dúvida, esses e outros conhecimentos astrofísicos, obtidos com os instrumentos da Radioastronomia, são tremendamente importantes, pois cada novo detalhe vem preencher uma lacuna em nossa tão falha conceituada do universo em que vivemos.Porém, fico chocado com a diminuição da tarefa mais urgente, que é a busca de contato com civilizações extraterrestres. Aliás, paramim, essa busca também oferece a vantagem da maior rentabilidade do investimento de tempo e dinheiro. Uma vez estabelecido o contato, poderíamos consultar o nosso "vizinho no universo", possuidor de um saber avançado, a respeito de tudo aquilo que a tanto custo e de maneira tão falha colhemos ao longo do nosso caminho, a fim de depositá-lo na caderneta de poupança,reunindo nossos escassos conhecimentos. Aliás, malgrado todos os esforços, certamente louváveis, e investimentos bastante substanciais, até agora ainda não conseguimos formar uma conta expressiva em saber sólido.A julgar pela atual situação de todos os habitantes do planeta Terra, seria de se esperar que eles se levantassem em massa,para exigir: VAMOS BUSCAR CONTATO COM CIVILIZAÇÕES

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